sexta-feira, 25 de dezembro de 2009


Pulseirinhas Snap: Fato ou Boato?

Ana Lucia Bediks

Após receber alguns e-mails com alertas sobre as pulseiras snap ou “pulseiras do sexo”, resolvi pesquisar mais sobre o assunto e descobrir a verdade sobre as tais pulseiras. Comecei minha pesquisa pelos textos e links que foram encaminhados para mim. As pulseirinhas coloridas de silicone, agora promovidas “a pulseiras do sexo” fariam parte de um jogo, o Snap, com conotação sexual. Segundo essas fontes elas seriam um código para experiências sexuais, onde cada cor significa um grau de intimidade, desde um abraço até o sexo propriamente dito. Quem usa as pulseiras estaria automaticamente participando desse jogo, que funcionaria assim: uns tentam arrebentar a pulseira do outro. Aquele que consegue ganha o direito ao “ato” ao qual a cor da pulseira corresponde. Os “atos” vão desde um carinho até o ato sexual propriamente dito. Depois comecei a observar o grande número de crianças, pré-adolescentes e adolescentes que usam essas pulseiras. Para eles as pulseiras são “fashion” e existe até uma competição para ver quem tem o maior número de pulseirinhas. Vasculhei os principais meios de comunicação do Brasil, como jornais, rádio, TV e Internet e encontrei algumas reportagens dos jornais Agora, A Gazeta do Espírito Santo e uma reportagem no programa Bom Dia Espírito Santo. Todas essas notícias alertavam pais e educadores sobre o perigo das “pulseiras”. Entretanto não encontrei nenhuma notícia ou relato comprovado sobre garotas que estejam usando as pulseiras com essa finalidade sexual, nem de garotas que tenham sido abordadas por garotos querendo “jogar” com elas. Também não encontrei nada sobre meninos que estão atrás das meninas para arrebentar as pulseiras. Minhas pesquisas me levaram até um site em inglês sobre Lendas Urbanas (www.snopes.com/risqye/school/bracelet.asp) onde pude saber mais sobre as agora famosas pulseiras. Elas apareceram na década de 80 como um barato acessório de moda e ficaram conhecidas do público por pouco tempo quando foram usadas pela cantora Madona. Nos anos 90 elas caíram no esquecimento e voltaram a ser moda na atual década quando a cantora pop Avril Lavigne começou a aparecer com o acessório. No ano de 2003, essa lenda de que as pulseiras seriam parte de um jogo sexual entre adolescentes começou a se espalhar pelos Estados Unidos e gerou muita polêmica em escolas pelo país. A moda passou, os boatos também e novamente as pulseiras caíram no esquecimento. Somente esse ano, 2009, a lenda sobre as pulseiras começou a circular novamente na Inglaterra, mas dessa vez elas estariam sendo usadas por crianças e pré-adolescentes. Isso gerou muito burburinho entre os pais e educadores. E foi depois de tudo isso que essa lenda começou a se espalhar no Brasil, causando grande preocupação dos pais e escolas. O fato é que lenda ou verdade, a estória das tais pulseirinhas está ajudando no processo de erotização infantil que vem acontecendo no Brasil ultimamente. A Internet tem tido um papel fundamental para a rápida divulgação desses boatos. E uma quase histeria coletiva dos adultos sobre o assunto está cada vez mais dando asas a esses rumores. Não podemos esquecer que isso tem acontecido principalmente no meio evangélico. Antes de jogar fora todas as pulseirinhas de seus filhos, de proibi-los de usá-las ou de continuar ajudando a propagar essa lenda, quero convidar vocês a algumas reflexões.
I - O que você está conversando com seus filhos sobre sexo? Você tem passado os valores de Deus sobre o sexo para os seus filhos? Creio que quando conversamos franca e abertamente com nossos filhos sobre sexo, um simples boato espalhado pela mídia não irá abalar os valores que estamos plantando na vida deles dia a dia.
“Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar”. Deuteronômio 6:6-7

II - Você sabe o que seu filho está usando como roupas e acessórios? E o que você sabe sobre os brinquedos ou brincadeiras deles? Podemos dizer que “a bola da vez” agora é a pulseira do sexo, mas de tempos em tempos novas modas surgem. É difícil nos mantermos atualizados sobre tudo o que acontece no universo de nossos filhos, mas não é impossível. Uma rápida pesquisa em fontes confiáveis da Internet pode ser de grande ajuda.
“mas ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom. Afastem-se de toda forma de mal”. 1 Tessalonicenses 5:21-22
III - Você deixa que a mídia ou a moda digam o que seus filhos podem ou não usar? Ou é você que decide o que seus filhos podem usar ou fazer? Como pais cristãos não podemos deixar que a mídia ou as modas que aparecem aqui e ali ditem o que nossos filhos vão ou não usar ou fazer. Temos que assumir nosso papel de pais, orientando nossos filhos, conversando com eles e permitindo ou proibindo o que eles fazem ou usam.
“Tudo é permitido, mas nem tudo convém. Tudo é permitido, mas nem tudo edifica. Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus”.1 Coríntios 10:23, 31

Precisamos conhecer o universo de nossos filhos, acompanhando as mudanças, as novidades e os perigos a que eles estão expostos. Ser pais cristãos hoje em dia não é tarefa fácil, mas nossos filhos são presentes de Deus para nós que merecem todo o nosso cuidado e atenção.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009


NATAL E NATAL, QUAL É O SEU?


Rm 14.5-8

“Um faz diferença entre dia e dia...”, diz o versículo 5 do texto citado. Isso significa que um dia pode ter determinado significado para mim e outro para você. Assim é com o Natal. Natal não pode ser um dia no ano, mas dias no ano. Por ele não ser dias no ano, ele se torna uma data, uma comemoração, um dia... Datas são apenas datas, mas as mais significativas são aquelas que fizeram história em nós. O Natal fez história em você como data que o marcou? O nascimento de Jesus só será Natal pra você se Ele tiver marcado os seus dias por ter nascido em você. Para muitos para muitos Natal é um dia de más recordações; gente que tira esse dia para sentir saudades dos que já foram, para curtir um nostalgia com as lembranças, isto porque ainda não lhes marcou o dia transformador do nascimento de Jesus. Para esses o Natal é um dia onde a família se encontra para celebrar a hipocrisia; aliás, faz tempo que o natal perdeu, em muitos, a gentileza, a confraternização, o encontro, a reconciliação.

I – O QUE TEMOS, ENTÃO, CELEBRADO? ANTES QUERO DEIXAR CLARO ALGUNS PONTOS FUNDAMENTAIS.

1. Que Jesus não nasceu no Natal, em 25 de dezembro. E não há como estabelecer com certeza a data do seu nascimento.

2. Que o Natal é uma herança de natureza cultural, instituída já no quarto século. Passou a ser celebrado em dezembro como uma criação Constantiniana, mas nunca fora antes celebrado pelos discípulos de Jesus.

3. Natal não é uma data pra todos, mas sim um acontecimento que teve início quando você creu que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo. É Natal se Deus é Emanuel em seus dias.

II – O QUE DEVEMOS, ENTÃO CONCLUIR?

1- Natal celebrado como data e sem Cristo na existência como Senhor e Salvador, é apenas a celebração de paliativos da morte, pois se Cristo não é o seu Natal o que você comemora é apenas as tristezas que a data trás pra você. O meu Natal é todo dia, pois, a cada dia vivo apenas porque creio que Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo.

Os pais de Jesus não prepararam uma festa de aniversário pra ele. Por isso, Natal é a festa que há em seu coração por Ele ter nascido em você.

Há quem não o celebre por julgá-lo uma festa pagã. Pagã é uma vida sem celebração por não ter nascido nela o princípio de todas as coisas.

2- Natal é o começo da vida em você. Sem começo não há fim. Portanto só pode celebrar a ceia, que é a morte de Cristo, aquele pra quem houve um começo em Cristo. Cristo é o Alfa e o ômega, o princípio e o fim, aquele que era, que é, e que sempre será. Ele é o “Eu Sou”! O nascimento e a morte. Ele é quem nos salva e ninguém pode celebrar a salvação, sem que antes tenha aprendido, com gratidão, a celebrar o nascimento.

Portanto, como todos os dias, celebre seu natal com a gratidão de um filho da Graça que se encarnou como manifestação de uma reconciliação que já estava feita antes de acontecer na História, visto que o Cordeiro de Deus já havia sido imolado desde antes da fundação do mundo. Feliz Natal hoje pra você!